É época de primavera, como é
comum nesta estação, as flores nascem, os pássaros cantam e voam, as formigas
trabalham e como todos temos uma flor favorita, eu nao poderia de deixar passar
a flor que mais amo, a flor de Humulus Lupulus, para os chegados, o lúpulo!
Para brindar até vou me obrigar a consumir algumas cervejas bem lupuladas
depois.
Nesta hora surge algumas dúvidas
na cabeça de quem está começando a engrenar no mundo das cervejas:
- O que é uma cerveja Lupulada? O
que é o bendito lúpulo?
Quem nunca se perguntou o que
seria uma cerveja “lupulada”? Pois bem, antes de entender o que é “lupulada”,
você deverá entender o que é lúpulo.
O Lúpulo
Uma coisa que faço para os meus amigos quando apresento uma cerveja nova no qual gostei é servir a cerveja em seu copo específico, dar aquela “chacoalhada” no copo e entregar perguntando: “e aí, que cheiro tu sente?”. Na maioria das vezes o que ouço, é :“malte e lúpulo?”. Nesta hora é que vem o maior questionamento, todos sabem que uma cerveja terá lúpulo e malte, mas quem sabe o cheiro verdadeiro deles? Afinal de contas o que é o lúpulo?
A resposta para o cheiro que o
lúpulo tem é: o cheiro do lúpulo é semelhante a muitas coisas, mas o cheiro é
de lúpulo, explicando melhor isso: o elemento que gera o cheiro no lúpulo é um
tanto diversificado, pois dependendo do tipo de lúpulo, ele poderá ter cheiro
de limão, pinhão, grapefruit, jasmim, entre outros cheiros.
Foto: Reprodução |
Quanto ao que é um lúpulo, ele é
apenas a flor de uma trepadeira, ou seja, a menina do Humulus
Lupulus. Se
a planta for cultivada, ela irá crescer em meio a fios e hastes, caso seja
silvestre, ela irá se espalhar por toda a parte, ela pode alcançar até 6 metros
e sua colheita é feita apenas no verão. Quando elas estão frescas, seu odor é
muito intenso, resinoso, lembrando a seiva do pinho. Após ser fervido e então
esfregado na palma da mão, ele libera o seu segundo odor, um cheiro cítrico. O
lúpulo é causador de parte do amargor da cerveja e de seu aroma, mas também
ajuda com sua ação antibacteriana.
Antigamente os lúpulos eram
divididos em grupos de origem, os europeus clássicos como Saaz, Tettnang, Spalt
e Hallertau, também conhecidos como lúpulos nobres, outro grupo menos
valorizado eram os lúpulos britânicos; East Kent Golding, Fuggles e similares,
o outro grupo de exuberantes e pungentes lúpulos americanos; Cascade, Chinock e
outros. Por muito tempo as escolas não misturavam os lúpulos e não tentavam
achar uma nova combinação para novos sabores e aromas. Mas para a felicidade
mundial estes preconceitos acabaram e agora os lúpulos podem ser combinados em
certos estilos.
Fonte: Livro 500 Cervejas
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