Blog de Cervejas - Um fungo chamado Levedura

De todos os componentes que atuam na arte de fazer cerveja, de longe a levedura age de uma forma mágica, afinal, quem conseguiria comer açúcar e excretar dióxido de carbono, ésteres (componentes do aroma) e álcool? 

Esse processo é conhecido como fermentação, por isso a levedura é chamada de fermento em muitos casos.


A levedura é um organismo unicelular. Encontra-se em toda parte: flutuando pelo ar, sobre a casca das frutas, nos dedos de nossos pés, esperando ter algo para fazer. Há diversos tipos de levedura, mas para fazer cerveja, apenas três tipos são importantes – Saccharomyces cerevisiae (usado nas cervejas de tipo ale), Saccharomyces uvarum (para cervejas do tipo lager) e leveduras silvestres (principalmente a Brettanomyces bruxellensis). As duas primeiras são cultivadas, enquanto a última é uma espécie de levedura matreira, que fica flutuando em busca de algo bom para poder estragar.

Processo de Fermentação
Tanto a levedura para ale quanto para lager fazem quase a mesma coisa – comem açúcar e deixam atrás de si dióxido de carbono, álcool e componentes de sabor. A diferença está no modo de como elas fazem isto. 


A levedura do tipo Ale gosta de fermentar em temperaturas mais baixas, precipitando-se no fundo do fermentador, com elas, a fermentação é mais longa e vagarosa. Esse processo produz cervejas muito mais limpas e refrescantes. A fermentação longa e lenta, chamada de lagering (do termo alemão lagern, que significa armazenar), originou o nome da clássica dourada.

Foto: Reprodução
A levedura da lager gosta de fazer espuma na parte superior do fermentador, produzindo-a em grande quantidade, trabalhando em temperaturas mais quentes e fermentando bem mais rápido. Esse estilo de fermentação produz sabores mais frutados e mais complexos. Essa é a principal diferença entre as ales e as lagers, mesmo nas cervejas feitas só com malte claro, a diferença produzida pela levedura é profunda.


Artigos Relacionados

Anterior
Next Post »